TOCA

"A TOCA é um projecto interventivo e multidisciplinar que se foca essencialmente na temática do espaço. Reflecte sobre a potencialidade do lugar enquanto obra especifica. É um projecto que propõe uma alternativa de reestruturação do palco criativo, pela tentativa de conciliar meios e pessoas conscientes da importância do espaço morto e vedado ao cidadão comum. Assim, pretendemos criar uma rede alternativa de espaços ocupados e reutilizados, independentemente da natureza, dimensão ou utilidade dos mesmos.

Todas as areas interventivas são exploradas pela TOCA, pois esta não pretende afirmar-se artisticamente de forma isolada mas antes ser a receita de um conjunto de parcerias e relações com os demais projectos artisticos/culturais da cidade. O processo activo na recuperação dum espaço é para nós obra em si mesmo, sendo que a degradação é um fenomeno de mutação fisica único, no qual a contaminação organica e residual modifica a matéria, sendo este momento criativo que fundamenta a nossa actividade.

Mais do que suscitar o debate público, a TOCA incita á acção, invocando-a como válida por si, pois será sempre com o intuito de mobilizar o espaço público/privado que a criação ganha sentido, consideramos o acto interventivo indissociavel do acto reflectivo, isto é, que fazer é necessariamente pensar. "


TOCA is an interventional, multidisciplinary project that focuses primarily on the space theme. It reflects on the potential of the place as an independent art creation. We propose an alternative for restructuring the creative stage, by trying to combine resources and people aware of the importance of dead and inaccessible areas. Creating a network of alternative rethinked spaces regardless of their nature, size or value. All areas are explored by TOCA, as we do not intend to assert ourselves artistically in a isolated way but rather to be a recipe of ideas and relationships with other projects and people. The degradation is a unique physical phenomenon of mutation, in which the organic contamination changes matter,and it is this creative symbolic moment that we try to explore in both conceptual and practical ways.

Rather than trying to raise the public debate, we pretend to call action, considering the intervening act, indivisible of the reflection and therefore the only way to rethink social space. Until know, we helped an underground network of artists and performers from many different places, so if you want to work with us or need help to present your projects in Porto, please contact and we will help in case of certain interest.

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domingo, 29 de novembro de 2009

Toca, sente e age. Existimos porque conhecemos o tédio e a mediocridade que governam o dia a dia. Porque vos queremos relembrar disso e para o fazer será preciso bofetear, gritar e rasgar com tudo, para que nos ouçam, para que olhem e toquem no mais sujo dos espaços. Somos uma ideia, um projecto nómada que constrói a sua estrutura em lugares puros. Lugares, não lugares, degradados?! Para nós o lugar nasce quando é morto, quando a sociedade lhe esquece o típico e triste funcionamento, quando a lacuna de cargos sociais provoca tal proeza. Nascemos do erro dos outros, fazemos do seu cancro um objecto religioso. É apenas neste preciso momento que a matéria nasce com total liberdade.  Reclamamos o uso de espaços que nos pertencem, de espaços que não existem mais, somos necrofagos do lugar. Todo e qualquer objecto abandonado é carne fresca para a nossa actividade.

Conhecemos com total clareza a vontade publica de aniquilar tudo aquilo que constitui o seu património; deixem cair!, ficará a fachada e por trás dela faremos um shopping, um parque de estacionamento, um campo de ténis talvez, uma nova batalha política.  Se esta é a lei, então somos terroristas sofisticados, parasitas no sistema e respondemos com ataque duro. Não nos confundam com artistas precários na busca de mais um lugar boémio com estilo, não nos confundam com construtores nem tão pouco com burocráticas e intelectuais associações que coexistem no sistema. Defendemos algo que é nosso, que é belo, que respira de possibilidades, estaremos em todas as frentes com ou sem consentimentos, respondemos porque acreditamos que ainda é possível romper com percepções e ter uma réstia de sinceridade. Somos uma comunidade livre mas consciente. Tragam-nos  acção, revolta e ocupação sincera.

Hoje estamos na rua das oliveiras, reabilitamos um espaço nascido em 1720. O seu futuro é incerto mas vive da nossa memória e por ela se afirmará. Ajuda e participação são aceites e agradecidas, desde que com vontade de guerrilha. Proponham-nos projectos, obras, escritos, trocos, oficinas, madeiras, pedras, comida e sobretudo momentos de genuína percepção. Somos uma viagem que se quer em todo o lado, não porque todo o lado seja desculpável e discutível, mas porque todo o lugar pode ser repensado com culpa assumida! Crescemos fartos do cidadão intelectual, da palestra, da conferência, do artista, da instituição que resolve mas não cria. Não vamos pela conversa de entretenimento. O porto está abandonado e não ha grande novidade nisso, toda a gente o sabe e coloca a sua acção como bem entender, a nossa não pretende ser original ou tão pouco refrescante, mas sim exacta e activa. Não nos contactem para discussões, a era do diálogo já deu provas de completa inutilidade, somos lavradores com ódio declarado á medíocre intelectualidade portuense. 

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